Discurso (e interações) ecológico (as) em Parasyte – The Maxim
reflexões sobre “ser humano”
DOI:
https://doi.org/10.46550/amormundi.v2i2.64Resumo
Ao longo dos últimos anos, as animações têm adquirido lugar de destaque no cenário de pesquisas acadêmicas, mostrando-se um meio de interesse para estudos de aspectos representacionais e sociológicos, com expressivo potencial educativo que se estende para além do entretenimento. Nesse sentido, torna-se promissora a análise das representações de sociedade veiculadas por essas produções audiovisuais, elucidando relações contemporâneas e propondo reflexões. Nesta pesquisa, temos como foco de discussão a animação japonesa intitulada Parasyte - The Maxim, que coloca em tensão as relações entre ser humano e natureza, a partir da produção de discursos ecológicos/ambientais. A partir de compreensões sobre o discurso ambientalista, procuramos refletir sobre alguns enunciados da trama, que podem ser extrapolados na tentativa de compreender a posição do ser humano como ser integrante de um ecossistema. Tais reflexões avançam em direção à crise sanitária, ambiental e socioeconômica que vivemos devido à Covid-19. Notamos que na animação ocorre um embate a partir da concepção antropocêntrica de sociedade, entre um discurso de proposição a novos modos de produção/existência não predatórios e integrados ao meio ambiente, a favor de um equilíbrio ecossistêmico, em contraposição a outro discurso, consoante à manutenção do hegemonicamente instituído pelo ser humano perante a natureza, em que o desenvolvimento econômico e as questões ambientais se ajustam aos seus anseios de forma ilusória.
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Copyright (c) 2021 Alberto Lopo Montalvão Neto, Wanderson Rodrigues Morais, Éderson Luís Silveira
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