Discurso (e interações) ecológico (as) em Parasyte – The Maxim

reflexões sobre “ser humano”

Autores

  • Alberto Lopo Montalvão Neto Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil
  • Wanderson Rodrigues Morais Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil
  • Éderson Luís Silveira Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46550/amormundi.v2i2.64

Resumo

Ao longo dos últimos anos, as animações têm adquirido lugar de destaque no cenário de pesquisas acadêmicas, mostrando-se um meio de interesse para estudos de aspectos representacionais e sociológicos, com expressivo potencial educativo que se estende para além do entretenimento. Nesse sentido, torna-se promissora a análise das representações de sociedade veiculadas por essas produções audiovisuais, elucidando relações contemporâneas e propondo reflexões. Nesta pesquisa, temos como foco de discussão a animação japonesa intitulada Parasyte - The Maxim, que coloca em tensão as relações entre ser humano e natureza, a partir da produção de discursos ecológicos/ambientais. A partir de compreensões sobre o discurso ambientalista, procuramos refletir sobre alguns enunciados da trama, que podem ser extrapolados na tentativa de compreender a posição do ser humano como ser integrante de um ecossistema. Tais reflexões avançam em direção à crise sanitária, ambiental e socioeconômica que vivemos devido à Covid-19.  Notamos que na animação ocorre um embate a partir da concepção antropocêntrica de sociedade, entre um discurso de proposição a novos modos de produção/existência não predatórios e integrados ao meio ambiente, a favor de um equilíbrio ecossistêmico, em contraposição a outro discurso, consoante à manutenção do hegemonicamente instituído pelo ser humano perante a natureza, em que o desenvolvimento econômico e as questões ambientais se ajustam aos seus anseios de forma ilusória.

Biografia do Autor

Alberto Lopo Montalvão Neto, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação – FE (UNICAMP); Mestre em Educação Científica e Tecnológica (UFSC); Licenciado em Ciências Biológicas (UFSCar/Sorocaba e Universidade de Coimbra).

Wanderson Rodrigues Morais, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Doutorando no Programa de Pós-Graduação Multinunidades em Ensino de Ciências e Matemática – PECIM (UNICAMP); Mestre em Educação para a Ciência (UNESP/Bauru); Licenciado em Ciências Biológicas (UNESP/Ilha Solteira).

Éderson Luís Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

Doutor em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (UFSC); Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (UFSC); Graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG-RS).

Publicado

2021-02-28

Como Citar

Neto, A. L. M. ., Morais, W. R., & Silveira, Éderson L. . (2021). Discurso (e interações) ecológico (as) em Parasyte – The Maxim: reflexões sobre “ser humano”. Revista Amor Mundi, 2(2), 41–54. https://doi.org/10.46550/amormundi.v2i2.64

Edição

Seção

Artigos