Liberdade: uma ponte entre Thomas Hobbes e Simone de Beauvoir
DOI:
https://doi.org/10.46550/amormundi.v1i1.10Resumo
Tratar do tema da liberdade sempre foi algo complexo na filosofia, pois ainda não sabemos se somos efetivamente livres, até que ponto somos livres, se há uma liberdade, se somos seres livres ou determinados. Para muitos autores como Jean – Paul Sartre estamos condenados a ser livres, a liberdade não é uma dádiva divina dada aos homens (livre arbítrio), mas uma condenação, pois a cada escolha feita (livremente), somos obrigadas a nos responsabilizar pelas consequências dessa escolha. Nessa mesma perspectiva temos Simone de Beauvoir que apresenta uma ideia de liberdade subjetiva, que por sua vez é fundamentada na ideia de intencionalidade, que é sustentada pelos movimentos ontológicos em direção a confirmação desta liberdade. Dessa forma, a liberdade é a premissa primeira da existência, sendo que esta condição de homem livre que permite a fundação de uma moral. Em uma perspectiva não muito distante temos Thomas Hobbes que nega o livre arbítrio, é determinista, mecanicista e materialista. Materialista porque tudo o que se apresenta aos sentidos do homem, incluindo ele mesmo, não passa de matéria ponderável e apreensível a mente humana e mecanicista em função da própria concepção de movimento da matéria que é delimitada por movimentos exatos assim como o produto matemático. Portanto, a liberdade é negativa. Dessa forma o presente artigo buscará apresentar o ponto de vista destes dois autores, Simone de Beauvoir e Thomas Hobbes e estabelecer entre eles um paralelo, uma ponte possível para compreender o conceito de liberdade.
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